"O Conselho Regional de Coimbra da Ordem dos Advogados decidiu criar uma comissão destinada a estudar a aludida temática e, bem assim, uma bolsa de advogados disponíveis para a integrar e para prestar o pertinente aconselhamento jurídico a quem o solicitar", informou.

Em comunicado, a Ordem dos advogados de Coimbra refere que a bolsa de advogados contava, no dia 19, com 11 membros inscritos.

"O Conselho Regional de Coimbra da Ordem dos Advogados, além de expressar um sentimento de pesar pelas vítimas do incêndio, pretende ainda facultar apoio às vítimas do sobredito fenómeno, designadamente contribuindo para o esclarecimento das situações jurídicas dele emergentes", justificou.

Os incêndios que deflagraram na região Centro no dia 17 provocaram 64 mortos e mais de 200 feridos, e só foram dados como extintos no sábado.

Mais de dois mil operacionais estiveram envolvidos no combate às chamas, que consumiram 53 mil hectares de floresta, o equivalente a cerca de 75 mil campos de futebol.

A área destruída por estes incêndios - iniciados em Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, e em Góis, no distrito de Coimbra - corresponde a praticamente um terço da área ardida em Portugal em 2016, que totalizou 154.944 hectares, segundo o Relatório Anual de Segurança Interna divulgado pelo Governo em março.

Das vítimas do incêndio que começou em Pedrógão Grande, pelo menos 47 morreram na Estrada Nacional 236.1, entre Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos, concelhos também atingidos pelas chamas.

O fogo chegou ainda aos distritos de Castelo Branco, através da Sertã, e de Coimbra, pela Pampilhosa da Serra.

O incêndio de Góis, que também começou no dia 17, atingiu ainda Arganil e Pampilhosa da Serra, sem fazer vítimas mortais.