O bloqueio temporário à entrada nos Estados Unidos de cidadãos da Síria, Iraque, Irão, Sudão, Líbia, Somália e Iémen – feito por ordem executiva da nova administração – levantou um coro de protestos tanto dentro dos Estados Unidos como no exterior.
Num comunicado, a Organização Mundial do Turismo expressou a sua “profunda preocupação e forte condenação” quanto à medida.
A decisão de Trump, acrescentou a organização com sede em Madrid, é “contrária aos princípios de liberdade de viagem” e vai “prejudicar os imensos benefícios que o setor do turismo traz para o crescimento da economia e para a criação de emprego”, acrescentou a agência.
Ao contrário do que pensam os seus mentores, o bloqueio “vai conduzir a crescentes tensões e ameaças”, considerou o líder da organização, o jordano Taleb Rifai.
Acrescentou que “a imagem de um país que impõe bloqueios às viagens de uma forma hostil como esta” afetará potenciais visitantes em todo o mundo e “arrisca-se a fazer cair a procura de viagens para os Estados Unidos”.
Na sexta-feira, o Presidente norte-americano assinou uma ordem executiva que proíbe a entrada a todos os refugiados durante 120 dias, assim como a todos os cidadãos de sete países de maioria muçulmana (Síria, Líbia, Sudão, Irão, Iraque, Somália e Iémen) durante 90 dias.
Os cidadãos daqueles sete países que possuem uma autorização de residência permanente (‘green card’) nos Estados Unidos “não são afetados”, disse no domingo ao canal NBC o chefe de gabinete da Casa Branca, Reince Priebus, adiantando, no entanto, que poderão ser submetidos a interrogatórios aprofundados à sua chegada ao país.
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