“É algo que nunca vi nos sete anos em que estudamos a população de leões”, explicou Paola Bouley, diretora-adjunta de Conservação, que lidera o Projeto de Carnívoros do parque.
Segundo um comunicado hoje distribuído, “13 novos jovens machos viajaram pela área central do Parque da Gorongosa”, realçando-se a importância do crescimento da população de leões para a biodiversidade.
“Os leões são sentinelas. Quando as condições são más, sofrem o primeiro impacto, mas quando a vida corre bem, eles recuperam rapidamente e é isso que estamos a observar”, acrescentou Paola Bouley.
Ao contrário do que acontecia no passado, nenhum dos novos machos foi apanhado em armadilhas.
Antes de 2015, “um terço dos leões do parque eram capturados, mutilados ou mortos por atividades humanas”, mas os fiscais da Gorongosa “deram a volta à situação”, afirmou a diretora-adjunta.
“Eles proporcionam aos leões a segurança necessária para eles prosperarem”, acrescentou.
Os leões africanos em plena natureza caíram 70% nos últimos 50 anos e desapareceram de uma área correspondente a 80% do seu espaço historicamente ocupado, acrescenta a nota.
O Parque Nacional da Gorongosa apresenta-se como “o principal parque nacional de vida selvagem de Moçambique”, localizado na extremidade sul do Vale do Rift do leste africano.
É lar de “alguns dos ecossistemas biologicamente mais ricos e geologicamente mais diversos do continente” e é cogerido pelo Governo de Moçambique e pelo Projeto da Gorongosa.
“O Parque integra a conservação e o desenvolvimento humano com a compreensão de que um ecossistema saudável e comunidades humanas saudáveis são dois lados da mesma moeda”, conclui o comunicado.
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