Os negociadores israelitas expressaram um "otimismo prudente" em relação a um acordo sobre um cessar-fogo na Faixa de Gaza, após as negociações realizadas em Doha, afirmou o gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu este sábado, 17 de agosto.
"Há esperança de que a importante pressão dos Estados Unidos e dos mediadores sobre [o movimento islamista palestino] Hamas permita que eles levantem a sua oposição à proposta americana", que contém "elementos aceitáveis para Israel", indicou um comunicado.
Na sexta-feira, o presidente norte-americano, Joe Biden, afirmou que um acordo entre Israel e o Hamas para um cessar-fogo na Faixa de Gaza estaria “mais perto do que nunca”, após a conclusão de nova ronda negocial, mas o Hamas reagiu hoje, considerando que o anúncio do Chefe de Estado sobre um “quase” acordo para Gaza é “uma ilusão”, e falou num “enorme retrocesso nas negociações”.
Entretanto, os ministros das Relações Exteriores do Reino Unido, França, Alemanha e Itália incentivaram hoje "todas as partes a continuar a comprometer-se" no processo de negociações para chegar a acordo de cessar-fogo em Gaza.
Os quatro países sublinham a importância de continuar “negociações positivas” e de “evitar qualquer escalada de ações na região que comprometa as perspetivas de paz”. “O que está em jogo é demasiado elevado”, concluiram.
Israel declarou a 07 de outubro do ano passado uma guerra na Faixa de Gaza para erradicar o Hamas, horas depois deste movimento ter realizado em território israelita um ataque de proporções sem precedentes, matando 1.194 pessoas, na maioria civis israelitas.
Desde 2007 no poder em Gaza e classificado como organização terrorista pelos Estados Unidos, a União Europeia e Israel, o Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) fez também nesse dia 251 reféns, 111 dos quais permanecem em cativeiro e 41 morreram entretanto, segundo o mais recente balanço do Exército israelita.
As negociações para a paz em Doha, capital do Catar foram retomadas na quinta-feira, dia em que o número de mortes na Faixa de Gaza em resultado da ofensiva israelita ultrapassou os 40 mil, na maioria civis, de acordo com as autoridades locais controladas pelo Hamas.
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