Em consequência das nomeações pastorais para a Diocese do Funchal, o cónego Vítor dos Reis Franco Gomes foi dispensado de Administrador Paroquial da Paróquia de Nossa Senhora do Monte.

O padre Hélder Reinaldo Abreu Gonçalves foi nomeado Assistente - adjunto da Junta Regional do Corpo Nacional de Escutas (CNE) – Madeira, substituindo, nestas funções, o padre Victor Baeta de Sousa.

"Os sacerdotes, cujas nomeações se publicam, conservam as faculdades canónicas dos respetivos ministérios, até à tomada de posse dos seus sucessores, mantendo também os outros ofícios confiados por anteriores nomeações", lê-se ainda no "site".

A 28 de janeiro, a Diocese do Funchal anunciava que o pároco Giselo Andrade, da freguesia do Monte, na Madeira, que assumiu publicamente a paternidade de uma criança, tinha sido dispensado e substituído por outro padre, embora continuasse a exercer o ministério sacerdotal.

"Após diálogos com o próprio sacerdote, ouvidas algumas instâncias da Igreja e percecionando um sentido eclesial comum, por parte de sacerdotes, consagrados e leigos, entendeu-se que constitui maior bem para o padre Giselo Andrade e para a Igreja diocesana, dispensá-lo de pároco do Monte", dizia, então, uma nota divulgada na página da Internet da Diocese do Funchal.

No mesmo documento, a Igreja madeirense salientava que "foi amplamente difundido, na Madeira e fora dela, o caso de um sacerdote da Diocese, pároco do Monte, que assumiu publicamente a paternidade de uma criança".

A nota referia que o referido sacerdote "manifestou, assim, neste gesto e no compromisso de assumir todas as responsabilidades inerentes à situação criada, um sentido de responsabilidade que muita gente apreciou, sem que, no entanto, perante o facto, se deixassem de reconhecer, também, os seus aspetos negativos".

Recordando que os padres católicos "aceitam e comprometem-se, em plena liberdade, a viver o dom do celibato", a diocese argumentava, então, que "toda esta situação gerou nos órgãos de comunicação social e nas redes sociais uma oportunidade de debate e reflexão, mas também uma ocasião ou motivo para questionar e contestar a atual disciplina da Igreja".

Contudo, vinca que "as mudanças, porém, não se operam por razões de mera popularidade ou estatística de opiniões".

"Relativamente ao pároco do Monte, ele próprio manifestou o desejo de continuar a exercer o ministério sacerdotal, nas condições exigidas pela Igreja", sublinhava.

Também declarava que a Igreja "sentiu a necessidade de um discernimento claro, em ordem a uma opção responsavelmente assumida e maturada na reflexão e na oração, um discernimento feito com serenidade e livre de pressões, acompanhado pelo bispo da Diocese" do Funchal.

A nota informa que o padre Giselo Andrade podia "continuar a exercer o ministério pastoral, através de algumas atividades que lhe estavam já confiadas, na área das comunicações, e outras que eventualmente lhe sejam atribuídas".

A diocese do Funchal indicava também que o referido sacerdote seria substituído naquela paróquia dedicada à padroeira da Madeira pelo cónego Vítor Gomes, pároco da Sé, em regime de acumulação de funções, "alguém que já paroquiou na freguesia do Monte" e "conhece o meio e as pessoas"

Concluia que "apesar das limitações inerentes a esta situação provisória, tudo fará para levar por diante os projetos em curso, nomeadamente a tão desejada construção da capela da Imaculada Conceição, nas Babosas, como sinal de consolação e esperança".