A notícia é avançada pelo jornal Expresso, que dá conta da existência de um grupo no Facebook, onde se promete ser possível “obter a carta de condução autêntica e legalmente registada em menos de sete dias”, mesmo para quem não sabe conduzir ou nunca teve aulas.
Segundo o jornal, este é um esquema que está a ser investigado pelas autoridades há já alguns meses, não sendo um caso isolado.
As cartas custam entre os 200 e os 500 euros, os candidatos não têm de realizar qualquer teste teórico ou prático, contudo estas organizações apelam a quem "não tem carta de condução ou é vítima de injustiça durante o teste prático".
O semanário sublinha que os cúmplices deste crime operam sobretudo no Brasil ou na Guiné-Bissau onde, com os dados enviados por quem recorre a este serviço a partir de Lisboa, conseguem emitir documentos naqueles países com a conivência de funcionários de instituições estatais nacionais.
Estas cartas de condução passam imediatamente a existir legalmente e estes condutores a andar nas estradas.
O processo é simples: com uma carta homologada pelas principais entidades rodoviárias desses países, o passo seguinte é pedir ao Instituto de Mobilidade e dos Transportes (IMT) que a troque por um documento português. Este serviço é, segundo uma fonte judicial obtida pelo jornal, obtido na sua maioria por condutores de TVDE, que passam assim a poder conduzir em qualquer país da União Europeia.
O jornal garante que já existem queixas no Ministério Público e inquéritos a acontecer neste momento para tentar encontrar os líderes destas redes organizadas.
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