Em declarações à Lusa, a mãe da criança, Paula Có, referiu que a bala perfurou o telhado de zinco da casa e atingiu a perna da filha, que foi levada ao hospital Simão Mendes, a principal unidade médica da Guiné-Bissau, no dia seguinte.
“Fomos ao hospital com ela, fizemos uma radiografia, mas disseram-nos que não tinham como retirar a bala na perna dela. Chora todos os dias, com dores. Só lhe deram uns comprimidos”, afirmou Paula Có.
A mãe pede agora ajuda “às pessoas de boa vontade” e explica que a filha não consegue ir à escola, nem consegue ficar durante muito tempo sentada, por causa das dores na perna.
O pedido da família é apoio para que a criança possa retirar a bala fora do país.
Os pais já apresentaram queixa na Polícia Judiciária.
Em declarações à Lusa na presença dos pais, a criança, de 13 anos, apelou: “Nem consigo andar estes dias, fico sempre deitada. Ajudem-me a retirar a bala do corpo para poder continuar na escola”.
Nos passados dias 30 de novembro e 01 de dezembro, a capital guineense foi abalada por trocas de tiros entre elementos da Guarda Nacional e as Forças Armadas, nos quais morreram dois militares e várias pessoas ficaram feridas.
O Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, disse ter-se tratado de tentativa de golpe de Estado.
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