Os líderes nórdicos declararam, num comunicado conjunto, que “o futuro da Ucrânia e do seu povo está na família euro-atlântica” e que a UE “já reconheceu a perspetiva europeia da Ucrânia e concedeu a Kiev o estatuto de país candidato”.
“Os membros nórdicos da UE apoiarão fortemente a Ucrânia nos seus esforços de reformas e no cumprimento dos requisitos necessários para iniciar as negociações de adesão o mais rápido possível”, acrescentaram.
Estes países também reiteraram o seu apoio às investigações internacionais sobre crimes de guerra e outros crimes no contexto do conflito com a Rússia, enfatizando a necessidade de impor sanções contra Moscovo em retaliação pela invasão da Ucrânia.
“Os países nórdicos permanecem firmes no seu compromisso com a independência, soberania e integridade territorial da Ucrânia dentro das suas fronteiras internacionalmente reconhecidas. Os países nórdicos continuarão o seu apoio político, financeiro, humanitário e militar à Ucrânia pelo tempo que for necessário”, afirmaram.
A visita de Zelensky ocorre poucas semanas depois de a Finlândia se tornar oficialmente o 31.º Estado-membro da NATO, à qual a Ucrânia também aspira pertencer e de cujos países aliados recebeu grande parte da sua ajuda militar.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,6 milhões de pessoas — 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,1 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.
A invasão russa — justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 8.709 civis mortos e 14.666 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
Comentários