Na Faixa de Gaza, vai ser organizado um amplo movimento de protesto para coincidir com esta homenagem anual aos seis árabes israelitas mortos em 1976 durante manifestações contra a confiscação de terras por Israel.
Os palestinianos prepararem-se para acampar durante um mês e meio ao longo da fronteira de Gaza sob estreita vigilância dos soldados israelitas, preparados para responder pela força caso este movimento, designado “a grande marcha do regresso”, ultrapasse os limites impostos.
Na quinta-feira, o embaixador israelita nas Nações Unidas, Danny Danon, escreveu ao secretário-geral António Guterres para advertir sobre “um perigoso esforço dos líderes palestinianos para provocar o conflito ao orquestrarem uma série de confrontações de massa”.
As famílias palestinianas pretendem montar centenas de tendas na Faixa de Gaza, um território com quase dois milhões de pessoas totalmente bloqueado por Israel e pelo Egito, num apoio às centenas de milhares de refugiados expulsos das suas terras ou que fugiram da guerra e dos massacres durante o conflito que originou a fundação do Estado de Israel em 1948.
Enquanto Israel celebra em 2018 os 70 anos da sua independência, os palestinianos continuam a guardar pela formação do seu Estado, que parece cada vez mais incerta. O direito de regresso permanece uma reivindicação central palestiniana, e para os israelitas um obstáculo decisivo para um eventual acordo geral de paz.
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