“Acreditar que as diferenças étnicas, regionais, sociais e religiosas (…) não são obstáculos, que os outros são irmãos e irmãs, membros da mesma comunidade humana, (…) é acreditar que os cristãos são chamados a colaborar com todos, a quebrar o ciclo de violência, a desmantelar os enredos do ódio”, disse Francisco na homilia.
O papa, que apenas fez a homilia mas não celebrou a missa devido a problemas em manter-se muito tempo de pé, referiu-se às “feridas” que o país enfrenta há décadas, “continuamente infetado pelo ódio e pela violência”.
“Que seja o momento certo para vós, que neste país vos chamais cristãos, mas cometeis atos de violência; a vós diz o Senhor: ‘depõe os braços, abraçai a misericórdia'”, disse Francisco, sublinhando que a paz é forjada através de “três fontes”: “perdão, comunidade e missão”.
“Que bem nos faz limpar os nossos corações da raiva, do remorso, de todo o ressentimento e da inveja! Caros amigos e amigas, que hoje seja o momento de graça para acolher e experimentar o perdão de Jesus! Que seja o momento certo para ti, que carregas um fardo pesado no coração e precisas de o remover para poderes voltar a respirar”, proferiu.
A missa, realizada de acordo com o rito zairense, foi celebrada em francês e lingala, uma língua bantu falada no noroeste do país, e as orações dos fiéis foram lidas em francês e nas quatro línguas nacionais: tshiluba, liungala, swahili e kikongo.
O Papa Francisco chegou na terça-feira a Kinshasa, na primeira etapa de uma viagem de sete dias que o levará também ao Sudão do Sul.
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