Francisco tinha anunciado a intenção de se deslocar a Amatrice após o sismo que fez cerca de 300 mortos.
O chefe da Igreja Católica não avançou, na ocasião, qualquer data, explicando apenas, no domingo, no regresso de uma visita à Geórgia e ao Azerbaijão, que tencionava fazer a visita “a título privado, sozinho, como padre, bispo e Papa, mas sozinho”, de forma a estar “perto das pessoas”.
À chegada, às 09:10 locais (08:10 em Lisboa), Jorge Bergoglio dirigiu-se aos pre-fabricados coloridos, onde uma centena de alunos da localidade vai às aulas, depois da escola ter ruído no sismo. O estabelecimento escolar tinha sido renovado há poucos anos, com estruturas antissísmicas.
Na rede social Twitter, Greg Burke, porta-voz do Vaticano, difundiu fotografias do Papa com os adolescentes ou a cumprimentar um homem visivelmente comovido, cuja mulher e dois filhos morreram no desastre.
Acompanhado pelo bispo de Rieti, Domenico Pompili, o Papa vai visitar a “zona vermelha”, fechada ao público, devido à possibilidade de desmoronamentos.
As réplicas sísmicas continuam a ser numerosas na zona, onde o Governo avaliou os danos em cerca de quatro mil milhões de euros. O executivo de Matteo Renzi prometeu que as localidades atingidas seriam reconstruídas como eram.
Cerca de 1.800 sinistrados continuam em tendas ou em hotéis nos arredores, de acordo com o último balanço, divulgado na semana passada, pela proteção civil italiana.
O sismo, que foi sentido em Roma, a 150 quilómetros do epicentro perto de Amatrice, matou 297 pessoas e deixou centenas de feridos.
Cerca de dois terços das mortes ocorreram em Amatrice, uma zona turística popular, onde se encontravam muitas pessoas de férias, no pico do verão.
O terramoto atingiu uma zona a apenas 50 quilómetros da cidade de L’Aquila, destruída por um sismo em 2009, que causou mais de 300 mortos.
Comentários