“A indicação dada por Jesus aos seus apóstolos dirige-se hoje a todos nós, seus discípulos, para que possamos partilhar — o quanto temos ou o pouco que temos — com os nossos irmãos e irmãs que não têm com que saciar a sua fome”, afirmou o Papa na carta, escrita para marcar a 60.ª Campanha da Quaresma da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil.

O líder da Igreja Católica, refletindo sobre o problema da fome, expressou o desejo de que nesta Quaresma os católicos brasileiros realizem “não apenas ações concretas e urgentes”, mas também que “se gere em todos a consciência que a partilha dos dons que o Senhor nos dá na sua bondade não pode limitar-se a um momento, uma campanha, algumas ações específicas”.

A partilha, sustentou o pontífice, “deve ser uma atitude constante de todos nós”, pelo que pediu que este compromisso não chegue apenas aos fiéis e ao clero católico, mas também à política.

“Espero que essa consciência pessoal ressoe em nossas estruturas paroquiais e diocesanas, mas também encontre eco nos órgãos de governo nas esferas federal, estadual e municipal, bem como em outras instâncias da sociedade civil, para que, trabalhando juntos, possa definitivamente erradicar o flagelo da fome em terras brasileiras”, concluiu o Papa Francisco.