“Que a força do Ressuscitado apoie as populações africanas que vêm o seu futuro comprometido pela violência interna e pelo terrorismo internacional, especialmente no Sahel e na Nigéria, bem como na região de Tigray e Cabo Delgado”, disse o Papa Francisco.
“Que continuem os esforços para encontrar soluções pacíficas para os conflitos, respeitando os direitos humanos e a sacralidade da vida, com um diálogo fraterno e construtivo em um espírito de reconciliação e de solidariedade efetiva”, reforçou.
Na sua mensagem, o Papa considerou ser um escândalo que em plena pandemia de covid-19 não cessem as guerras e apelou à paz nos vários conflitos existentes.
“Ainda há muitas guerras e muita violência no mundo! Que o Senhor, que é a nossa paz, nos ajude a superar a mentalidade da guerra. Que Ele conceda aqueles que estão presos em conflitos, especialmente no leste da Ucrânia e em Nagorno- Karabakh, que voltem em segurança para suas famílias e inspirem os líderes do mundo a impedir a corrida por novas armas”, disse.
Como é habitual nas mensagens que precedem as bênçãos Urbi et Orbi do Natal e da Páscoa, Francisco fez uma revisão dos males do mundo e dos conflitos em curso.
Após a missa do domingo de Páscoa e de uma Basílica vazia, e não da varanda da fachada de São Pedro como marcas de tradição, devido às restrições devido à pandemia, Francisco começou por lembrar o povo haitiano e pediu “que não seja oprimido pelas dificuldades, mas que olhe para o futuro com confiança e esperança”.
Francisco fez ainda uma referência aos jovens de Mianmar referindo-se à situação na Birmânia após o golpe militar considerando que “estão comprometidos com a democracia, fazendo ouvir a sua voz de forma pacífica, sabendo que o ódio só pode ser dissipado com o amor”.
Pediu também consolo “ao povo libanês, que atravessa um período de dificuldades e incertezas” e que “o Senhor ressuscitado seja apoiado pela comunidade internacional na sua vocação de ser uma terra de encontro, convivência e pluralismo”
Na sua mensagem referiu ainda a Síria para que “o clamor das armas seja finalmente silenciado” num país onde milhões de pessoas atualmente vivem em condições desumanas, assim como no Iémen, “cujas vicissitudes são cercadas por um silêncio ensurdecedor e escandaloso”, e na Líbia, “onde o está finalmente à vista uma saída para uma década de lutas e confrontos sangrentos”.
Numa outra passagem implorou que “israelitas e palestinianos encontrem a força do diálogo para chegar a uma solução estável que permita a dois estados coexistirem em paz e prosperidade” e referindo-se ao Iraque, país que visitou em março, apelou a que “continuem no caminho de pacificação que empreendeu, para que se realize o sonho de Deus de uma família humana hospitaleira e acolhedora para todos os seus filhos”.
O Papa Francisco lembrou ainda que hoje, 4 de abril, marca o Dia Mundial contra as minas antipessoais, artifícios que considera tortuosos e horríveis e que matam ou mutilam muitos inocentes todos os anos.
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