“Uno-me à dor do povo do Sri Lanka, que continua a sofrer os efeitos da instabilidade política e económica”, declarou o líder da Igreja Católica após a oração dominical do Angelus, acrescentando: “Juntamente com os bispos do país, renovo o meu apelo à paz e imploro aos responsáveis que não ignorem o grito dos pobres e as necessidades do povo”.

A revolta popular no Sri Lanka levou à fuga do presidente do país asiático, Gotabaya Rajapaksa, antes de o seu palácio em Colombo ter sido invadido por manifestantes. Rajapaksa anunciou posteriormente que se irá demitir na quarta-feira, enquanto o primeiro-ministro, Ranil Wickremesinghe, já apresentou a demissão e viu a sua residência privada ser incendiada.

O país está imerso numa das piores crises económicas desde a independência, em 1948, derivada do declínio das reservas em moeda estrangeira e de uma elevada dívida externa.

Francisco apelou ainda a “Deus para mostrar o caminho para pôr fim à loucura da guerra” na Ucrânia. O Papa renovou a sua proximidade em relação ao povo ucraniano “diariamente atormentado pelos ataques brutais” e salientou rezar “por todas as famílias, especialmente pelas vítimas, os feridos, os doentes, os idosos e as crianças”.

Entretanto, o secretário para as relações com os Estados, o arcebispo Paul Richard Gallagher, não excluiu que o Papa Francisco pudesse viajar até à Ucrânia em agosto, dependendo de como se sente no seu regresso do Canadá, onde Francisco estará na última semana de julho.

Numa entrevista na televisão pública italiana RAI, o representante da Santa Sé para as relações externas assegurou que o Papa “está muito convencido de que se pudesse fazer esta visita poderia ter resultados positivos”, sem deixar de notar que o Papa sempre demonstrou “a sua vontade de ir à Ucrânia e a Moscovo para se encontrar com as autoridades russas”.

Por último, o sumo pontífice manifestou o seu desejo de que sejam encontradas “soluções convincentes” para a situação atual na Líbia com o apoio da comunidade internacional, ao recordar “o povo da Líbia e em particular os jovens e todos aqueles que sofrem devido aos graves problemas sociais e económicos do país”.

Na passada quinta-feira, as duas instituições líbias rivais, reunidas em Genebra sob os auspícios das Nações Unidas (ONU), não conseguiram concluir um acordo para a realização de eleições devido a divergências sobre a elegibilidade dos candidatos presidenciais.