“Não esqueçamos o povo ucraniano martirizado, que sofre tanto. Mostremo-nos próximos com os nossos sentimentos, ajuda e oração”, disse Francisco no final do Angelus, na Praça de São Pedro.
Este novo apelo do Papa Francisco ocorre após uma onda de ataques russos no sábado em várias regiões ucranianas que causaram pelo menos 26 mortos e 81 feridos, de acordo com informações do vice-chefe do gabinete do presidente ucraniano, Kyrylo Tymoshenko.
O chefe de gabinete do Presidente ucraniano, Andriy Yermak, afirmou, em entrevista ao canal italiano Skytg24, que “chegou a hora de o Papa visitar a Ucrânia”.
“Acho que chegou a hora de o Papa visitar a Ucrânia e, assim, dar um sinal muito claro de que é a Rússia que deve parar o que começou. Apreciamos todas as iniciativas de paz, inclusive as apresentadas pelo Papa”, disse o responsável.
Revelando que tem mantido contactos com o secretário de Estado do Vaticano, o cardeal italiano Pietro Parolin, Andriy Yermak defendeu que “a Rússia deve parar a ofensiva”.
“Cabe-lhes a eles parar o conflito: estão a matar civis, e a destruir a nossa infraestrutura”, acrescentou.
A ofensiva militar lançada pela Rússia contra a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022 foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e sanções políticas e económicas a Moscovo.
A invasão russa causou, até agora, a fuga de mais de 14 milhões de pessoas — 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 7,9 milhões para países europeus –, de acordo com os mais recentes dados das Nações Unidas, que classificam esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a II Guerra Mundial (1939-1945).
As Nações Unidas consideram confirmados 6.952 civis mortos e 11.144 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
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