“O santo padre tomou esta decisão excecional em consciência e para o bem da Igreja”, explicou o Vaticano em comunicado.

Fernando Karadima, atualmente com 88 anos, foi condenado pela justiça chilena por atos de pedofilia em 1980 e 1990.

Paralelamente, foi também condenado em 2011 pela justiça religiosa a retirar-se para “uma vida de oração e penitência”, na sequência de um procedimento canónico no Vaticano.

É este procedimento que Francisco completou, ao aumentar a pena para o nível máximo, através de um decreto assinado na quinta-feira e enviado hoje ao visado, que está “dispensado de todas as obrigações eclesiásticas”, não tendo mais o direito de dizer missa ou administrar sacramentos.

Em abril de 2011, a igreja do Chile pediu perdão por todas as agressões sexuais a crianças cometidas por membros do clero e pela falta de capacidade de resposta.

O caso ressurgiu em 2015, com a decisão de Francisco nomear Juan Barros bispo de Osorno quando era suspeito de encobrir os abusos de Fernando Karadima.

Durante a visita ao Chile, no início do ano, o papa argentino tomou a defesa de Barros, reclamando “provas” do seu envolvimento, antes de se desculpar e envolver a igreja do Chile numa grande operação de questionamento.

No final de abril, Francisco recebeu longamente no Vaticano três vítimas de Fernando Karadima, antes de convocar, em meados de maio, todos os bispos do Chile, para três dias de reflexão, após os quais todos se demitiram.

Depois, o papa aceitou sete das demissões, entre as quais a de Barros e as de vários bispos diretamente suspeitos de abusos sexuais.

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