A declaração foi aprovada por 88 deputados do hemiciclo, que tem 101 assentos. Dez deputados estiveram ausentes e três abstiveram-se.
O parlamento estónio “declara a Rússia um regime terrorista e a Federação da Rússia um país que apoia o terrorismo”, indicou, num comunicado.
“O regime [do Presidente russo, Vladimir] Putin, com as suas ameaças de ataque nuclear, fez da Rússia o maior perigo para a paz na Europa e para o mundo inteiro”, acrescentou.
Esta tomada de posição é uma resposta aos repetidos apelos do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.
O parlamento de outro país báltico, a Letónia, declarou a Rússia “Estado patrocinador do terrorismo” em agosto, acusando Moscovo de “genocídio do povo ucraniano”.
Mas o Governo do Presidente norte-americano Joe Biden anunciou em setembro que não utilizará tais termos, por considerar que “não são a forma mais eficaz ou a mais segura de seguir em frente”.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas — mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,6 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa — justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra, que hoje entrou no seu 237.º dia, 6.306 civis mortos e 9.602 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
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