"Infelizmente em quase metade da Legislatura o Governo perdeu demasiado tempo e com isso não permitiu que pudéssemos chegar ao fim deste ciclo autárquico com um projeto de descentralização mais efetivo a funcionar", apontou.
No final de um almoço que decorreu no concelho da Mêda, Passos Coelho sublinhou que "seria bom" que o novo ciclo autárquico pudesse ter início com a atribuição de mais competências formais aos municípios, desde que a reforma nesta matéria seja séria.
"Venha ela quando vier, nós estamos mais que disponíveis e interessados em reformas sérias e não feitas a correr, em cima do joelho e de qualquer maneira, para fazer de conta que se fez qualquer coisa para anunciar que se fez qualquer coisa. Isso não é o nosso hábito", referiu.
O presidente do PSD destacou que as pessoas conhecem "muito bem essa maneira de estar sempre a prometer coisas", tendo como horizonte temporal uma grande distância.
"Estamos disponíveis para uma reforma séria nesta matéria, mas venha ela quando vier, nada justifica que se desperdicem as competências e os meios que já existem para fazer melhor", evidenciou.
Ao longo da sua intervenção, Passos Coelho disse ainda que o país precisa cada vez mais de uma nova geração de autarcas, que possa "por em prática tudo o que são as competências que hoje têm" e que podem "ajudar a desenvolver as suas comunidades".
"Não precisamos todos de ter as mesmas riquezas a explorar. As riquezas e potenciais riquezas vão variando e às vezes temo-las à nossa frente e não as sabemos identificar e valorizar", concluiu.
Durante a manhã de hoje, Pedro Passos Coelho visitou o sítio arqueológico do Vale do Mouro, que considera que "precisa de ser desenvolvido" e aproveitado em termos turísticos.
Na sua passagem pelo concelho da Mêda, no distrito da Guarda, o presidente do PSD visitou ainda a Quinta do Vale d'Aldeia e a Adega ViniLourenço, onde decorreu o almoço de apoio ao candidato à presidência da Câmara local, Aires do Amaral.
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