"Quero deixar uma palavra de pesar à família e também para o PSD, porque se trata de uma personalidade que foi fundadora do PSD. Trata-se de uma personalidade que nos deixa mais pobres com o seu desaparecimento", disse hoje à noite Pedro Passos Coelho, em declarações aos jornalistas à entrada para o velório, no Palácio dos Viscondes de Balsemão, no Porto.

O líder sociail-democrata lembrou que Miguel Veiga "teve uma história muito rica e muito importante, não apenas como advogado", mas também "como pensador" e "pessoa de cultura".

"Trata-se de um homem com uma personalidade muito forte e também de convicções muito grandes. Foi uma pessoa polémica durante muitas oportunidades em que nos deu a conhecer o seu pensamento. Foi também um homem que mesmo na política desde cedo como constituinte fez uma intervenção muito relevante numa hora em que a democracia se instituiu em Portugal", declarou.

Passos Coelho frisou que Miguel Veiga "deu também um contributo para aquilo que é o PSD e as suas linhas programáticas, o seu pensamento" e lembrou-o como "um exemplo".

"Hoje, damos testemunho sobretudo daquilo que foi a sua vida e o seu exemplo para o Porto, para o país, para o PSD. E quero, em nome do PSD, também deixar uma palavra de amizade e de condolência muito sentida à sua família, em particular à sua mulher", vincou.

Advogado e fundador do PSD, Miguel Veiga morreu hoje, cerca das 12:30, aos 80 anos, no Porto.

O funeral irá realizar-se às 15:00 de terça-feira, no Cemitério de Agramonte.

Miguel Veiga nasceu no Porto tendo sido, ao lado de Francisco Sá Carneiro e Pinto Balsemão, um dos fundadores do Partido Popular Democrático, hoje PSD, em 1974.