Questionado sobre o aparecimento do movimento “Portugal não pode esperar” dentro do PSD, Passos Coelho escusou-se a fazer comentários, mas disse não sentir qualquer “desconforto” no partido à sua liderança.
“Não, não sinto”, afirmou o líder social-democrata, que falava aos jornalistas à saída de um encontro com a UGT.
Sublinhando que os partidos “têm a sua vida normal”, Passos Coelho disse encarar o aparecimento de grupos como o “Portugal não pode esperar” com “muita normalidade”.
“O PSD é um partido que tem liberdade de expressão, de crítica, onde isso sempre existiu quando eu estive no Governo, agora que não estou não estou preocupado com essas matérias”, argumentou.
O movimento “Portugal não pode esperar” reuniu-se pela primeira vez na quinta-feira e segundo os seus promotores não quer ser um grupo de oposição interna e pretende discutir políticas e alternativas em vez de pessoas.
Segundo os fundadores, o movimento conta com cerca de 45 pessoas, estando aberto a todos os militantes do PSD, sendo composto por autarcas, presidentes de comissões políticas de concelhia, atuais e antigos dirigentes nacionais da JSD e do PSD, atuais e antigos deputados e ex-membros do governo.
“Procuraremos assumidamente contribuir para suscitar e desenvolver a discussão política no nosso partido com o propósito de fortalecer o PSD e recolocar-nos como o partido liderante no panorama político nacional”, referem.
O movimento vai realizar um jantar por mês alternando entre todos os distritos do país e Regiões Autónomas, convidando personalidades de cada região a participar.
Em simultâneo, a área de estudos políticos realizará também eventos mensais, dos quais sairão documentos.
“Até setembro de 2017 serão ainda organizadas três conferências sobre três temas a definir pela comissão executiva, e em outubro de 2017 será publicado um livro com a síntese das principais políticas defendidas pelo grupo”, calendarizam.
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