Paulo Raimundo discursava no encerramento de uma sessão do PCP sobre o 25 de Abril, na Academia Almadense, em Almada, no distrito de Setúbal, em que apelou à mobilização popular para celebrar o 50.º aniversário da Revolução dos Cravos e sustentou que "é no caminho de Abril" que estão as respostas aos problemas do país.
"O novo Governo PSD/CDS, com os seus 17 ministros, os seus 41 secretários de Estado e toda a bateria de apoiantes bem posicionados em vários pontos relevantes da vida nacional, por mais que seja a sua tentativa de enganar o povo com esta ou aquela entrada a pezinhos de lã, com esta ou aquela medida avulsa, não vai ter a vida facilitada", declarou.
Em seguida, Paulo Raimundo defendeu a iniciativa do PCP de apresentar no parlamento uma moção de rejeição ao Programa do Governo: "Nós não precisamos de mais apresentações, o que conhecemos desde já confirma a justeza da nossa moção".
Segundo o secretário-geral do PCP, será certamente um programa "de passos atrás, de retrocessos, marcadamente contrarrevolucionário", com "opções da política de direita reacionária, do seu compromisso com os grandes grupos económicos".
"Sabemos bem o que dali virá. Não temos a memória curta e o povo e os trabalhadores saberão dar firme resposta a todos os ataques de que sejam alvo e tomarão nas suas mãos o seu destino e a exigência das respostas concretas aos seus problemas", acrescentou.
Paulo Raimundo manifestou-se espantado por haver "quem tenha aparente expectativa do que deste Governo possa vir".
"Da nossa parte, estamos aqui determinados, convictos e não temos nenhuma dúvida e não alimentamos nenhuma ilusão. Nós somos a oposição ao Governo e à sua política e projeto reacionário, e assim somos sem hesitação e desde o primeiro minuto", afirmou.
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