"Pode ser precipitado acabar com estes encontros", afirmou Jerónimo de Sousa aos jornalistas, depois de uma reunião com o Conselho Nacional da Juventude (CNJ), na sede do partido, em Lisboa, um dia depois de o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, ter anunciado o fim destes encontros regulares entre políticos e epidemiologistas, na sede do Infarmed.
Ao longo das reuniões sobre a situação do surto em Portugal, afirmou, "os cientistas deram contribuições importantes para caracterizar, encontrar caminhos que garantissem, no plano sanitário, a travagem do vírus", dado que também se discutiram questões concretas, como a situação nos transportes ou nos lares.
E não vê uma "razão objetiva" para esta decisão, a não ser "por cansaço de alguns", disse.
Dado que deixou de existir essa informação regular, Jerónimo foi questionado sobre se esta ser enviada para o parlamento, como propôs o Bloco de Esquerda, mas a resposta não foi direta.
"É mais interessante ouvir de viva voz os nossos cientistas e técnicos, que procuram dar uma contribuição com base no seu conhecimento e preocupação", acrescentou.
Na reunião com o PCP, a presidente do CNJ, Rita Saias, disse ter abordado os problemas como a precariedade laboral, “agravados” com a crise causa pela pandemia de covid-19, a educação e alertou para as dificuldades de “saúde mental” na resposta dos jovens aos efeitos do surto.
Jerónimo de Sousa sublinhou preocupações comuns e pediu que não se condenem os jovens, a partir de “um exemplo isolado”, na sequência das imagens de grandes juntamentos.
“Não condenem a grande massa de jovens, que estão com as medidas, compreendem a necessidade de cuidados. Não se confunda a árvore com a floresta”, pediu.
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