No final de uma reunião do comité central, o secretário-geral comunista, Jerónimo de Sousa afirmou que, quanto aos fundos comunitários, “falta concretizar essa questão” colocada pelo PCP, que é saber “para onde vão e para quem vão”.
“Precisamos de uma resposta concreta que ainda não existe”, insistiu, remetendo para mais tarde uma resposta ao apelo feito por António Costa, enquanto secretário-geral do PS, ao discursar no congresso federativo do partido, no Porto.
Para o líder dos comunistas, António Costa conhece a disponibilidade e a determinação do partido para “reforçar a componente social e a aplicação de fundos na situação do país”, particularmente a “de centenas de milhares de trabalhadores que não sabem o que hão-de fazer à vida ou porque foram despedidos ou estão em ‘lay off'”.
O secretário-geral do PS avisou hoje que o futuro do país não se esgota no orçamento de 2021 e que é fundamental um acordo político alargado para os fundos comunitários, cuja participação será estendida a “quem vier por bem”.
“É fundamental que haja um acordo político alargado para utilização destes fundos e é por isso que nós dizemos que não basta discutir o orçamento para 2021, é fundamental discutir os orçamentos para 22, para 23, para os anos seguintes, mas é indispensável discutir o programa de recuperação e resiliência de Portugal e também o próximo quadro financeiro do nosso país”, defendeu o primeiro-ministro e líder do PS.
Jerónimo de Sousa foi lacónico sobre a notícia de que António Costa pertence à comissão de honra da candidatura de Luís Filipe Vieira à presidência do Benfica: “Não é matéria nem momento para comentar essa questão”.
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