Numa pergunta ao Ministério da Agricultura e Mar, entregue no parlamento, a bancada comunista faz, na prática, 13 perguntas, incluindo que conhecimento tinham as autoridades do que se passava nos dois abrigos ou ainda se, “de futuro”, o Governo irá fiscalizar estas instalações.
“Esta situação está a gerar natural indignação e impõe-se que sejam prestados esclarecimentos e apuradas responsabilidades”, lê-se no texto da pergunta assinada por Alma Rivera, Diana Ferreira e João Dias.
O grupo parlamentar do PCP quer saber quantos animais estavam nessas instalações, como fez o resgate, se a dona do espaço pôs obstáculos à ação das autoridades ou por que não foi permitida a voluntários intervir para retirar os animais.
O incêndio atingiu dois canis na freguesia de Agrela, em Santo Tirso (Porto), e matou 54 animais este fim de semana, tendo 190 sido recolhidos com vida.
Segundo a autarquia, 113 animais foram realojados em canis municipais e associações e os restantes 77 foram acolhidos por particulares.
Entretanto, o partido Pessoas-Animais-Natureza (PAN) informou que apresentou queixa ao Ministério Público por "crime contra animais de companhia" e que pedirá esclarecimentos ao ministro da Administração Interna sobre a morte destes animais na sequência do incêndio.
O Bloco de Esquerda, por seu turno, anunciou que quer explicações dos ministros da Administração Interna e da Agricultura no parlamento, bem como da Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV).
Uma petição a pedir "justiça pela falta de prestação de auxílio aos animais do canil “Cantinho 4 patas”, em Santo Tirso", já tinha reunido até às 09:00 de hoje mais de 115 mil assinaturas.
A associação Animal também solicitou ao Governo e ao parlamento que sejam apuradas responsabilidades no caso das mortes de animais naquele abrigo particular em Santo Tirso.
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