"Temos algum levantamento e comparação feita com os Açores, onde o complemento de pensão representa 20 milhões de euros para o Orçamento", disse o deputado comunista Ricardo Lume, em conferência de imprensa no centro do Funchal, onde o partido desenvolveu uma iniciativa de distribuição de panfletos.
O PCP vai também propor um complemento de 10% para o abono às crianças e jovens, a gratuidade dos manuais escolares no 1.º ciclo do ensino básico e o fim das taxas moderadoras no hospital.
O Orçamento da Região Autónoma da Madeira para 2018 é de 1.880 milhões de euros, dos quais cerca de 800 milhões destinam-se ao setor social e 600 milhões ao serviço da dívida.
A proposta apresentada pelo governo social-democrata liderado por Miguel Albuquerque vai ser discutida no parlamento madeirense entre os dias 18 e 22 de dezembro.
"Relativamente ao desemprego, que atinge mais de 17 mil madeirenses, dos quais mais de 11 mil não recebem subsídio, propomos uma majoração de 10% ao subsídio, bem como um programa complementar de apoio financeiro a cidadãos em situação de desemprego", disse Ricardo Lume.
Os comunistas defendem, por outro lado, a criação de um fundo de compensação social para garantir a sustentabilidade financeira de famílias carenciadas e a atribuição de um cabaz de bens básicos essenciais.
"Achamos que estas medidas podiam minimizar os problemas sociais e criar uma maior justiça fiscal e também uma maior justiça social", salientou Ricardo Lume, lembrando que os madeirenses e porto-santenses são confrontados com a "maior taxa de desemprego do país" e com "dinâmicas que aumentam a exclusão social e a pobreza".
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