No primeiro debate quinzenal de Luís Montenegro como primeiro-ministro, no parlamento, o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, pediu, por mais do que uma vez, ao chefe do executivo que explicasse com base em que estudo ou parecer fez o anúncio do reforço do atual aeroporto de Lisboa já que “faz gala” de dizer que toma decisões ponderadas.
“Para que não possa ser acusado de imponderado, impulsivo, apresente-nos o estudo ou parecer que esteve na base dessa decisão que vai ter impacto em Lisboa”, insistiu Pedro Nuno Santos.
Numa das respostas e sem nunca responder diretamente, o primeiro-ministro remeteu para “todas as opiniões que foram veiculadas ao longo do tempo”, para o relatório da Comissão Técnica Independente ou para comunicações da ANA.
“Esteja descansado porque eu não revoguei hoje as minhas decisões de ontem”, disse, numa referência ao período em que Pedro Nuno Santos era ministro das Infraestruturas e teve de revogar uma decisão sua sobre a localização do aeroporto e que gerou um conflito com o então primeiro-ministro António Costa.
De acordo com Luís Montenegro, as decisões “são ponderadas e foram estudadas”, inclusivamente “num contexto partidário” que acusou o líder do PS de ter desdenhado.
“Fica portanto claro que o Governo fez um anuncio ontem [terça-feira] para o qual não tem um estudo, um parecer que fundamente a decisão”, acusou.
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