"Eu diria que não há três sem quatro, e que nós iremos conseguir o quarto [OE], mas há muito trabalho para fazer. Mas, obviamente, que estamos satisfeitos, nomeadamente, porque depois de anos muito difíceis - e atenção ninguém se confunda, a vida dos portugueses ainda é muito difícil e nós ainda temos muitos problemas por resolver -, mas hoje sabemos que estamos a fazer um percurso de melhoria. E isso permitiu que todos nós voltássemos a recuperar a esperança numa vida decente no nosso país", disse.
"Nós podemos ter discordâncias sobre se é possível mais ou menos, mais depressa ou mais devagar, mas hoje sabemos que esta maioria proporcionou, em cada um destes momentos, em cada um destes anos, melhoria na vida do povo português. E o povo português tinha direito a isso, tinha direito a sentir que pode viver melhor em Portugal. E eu acho que estamos a conseguir isso", acrescentou o governante socialista.
Quanto à possibilidade de PCP e BE poderem vir a integrar um futuro governo de esquerda na próxima legislatura, como defendem alguns socialistas, como Manuel Alegre e João Soares, entre outros, Pedro Nuno Santos não se quis comprometer, optando por destacar o clima de entendimento alcançado pelos partidos de esquerda ao longo dos últimos três anos, até porque ainda falta um ano para o final da atual legislatura.
"Nós ainda estamos em 2018, temos um OE para ser negociado e aprovado, essa questão não se colocava neste momento. Nós já ultrapassámos a barreira em que havia partidos à esquerda que estavam fora da esfera governativa", disse.
"Nós hoje temos uma maioria que é da responsabilidade de quatro partidos de esquerda. Já não é novidade, é só uma coisa boa. No futuro espero que a cooperação entre estes partidos continue, porque isso é sinal de que o povo português vai continuar a ter vitórias muito importantes para as suas vidas. É para isso que nós cá estamos e para isso que estes partidos foram criados, para que o povo, os trabalhadores portugueses, possam continuar a ver a sua vida melhorar", frisou.
Pedro Nuno Santos reconheceu também que as negociações com todos os partidos que apoiam o governo do PS são sempre difíceis, mas reafirmou a convicção de que vão acabar por chegar a um acordo para a viabilização do Ourçamento do Estado 2019.
Confrontado com as declarações do secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, de que o país avança quando o PS se junta aos partidos mais à esquerda, Pedro Nuno Santos limitou-se a reconhecer o contributo dos comunistas para a atual solução governativa.
"Quero apenas dizer, nesta bela festa de um grande partido português que é o PCP, que esse partido tem dado um grande contributo para as vitórias que nós temos tido em Portugal. E sobre isso não tenho a menor dúvida de o reconhecer. Acho que é obrigação de todos nós reconhecermos o que cada partido tem dado. E o PCP tem dado muito", concluiu Pedro Nuno Santos.
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