“Parece que Pedro Passos Coelho deixou de ser primeiro-ministro e o líder do PSD Luís Montenegro continua a ser líder parlamentar de Pedro Passos Coelho. Anunciara que o diabo vinha e o diabo não veio. E oito anos depois parece que continuam à espera do diabo”, afirmou na Covilhã onde participou num encontro com militantes e simpatizantes do distrito de Castelo Branco.

O candidato à liderança do PS argumentou que o PSD continua “agarrado e obcecado com os primeiros quatro anos de governação socialista dizendo que foi má para as pessoas”.

“Na realidade questionamos porque é que foi má. Depois de quatro anos de cortes nós tivemos quatro anos de rendimentos e aumento das pensões, de aumento de emprego, do aumento do salário mínimo de redução da divida”, argumentou.

Pedro Nuno Santos considerou ainda que foi interessante ouvir hoje o líder do PSD dizer que há um ano que estão a preparar o programa eleitoral. “Pela forma como atabalhoada como a proposta para complemento solidário para idosos foi apresentada diria que começaram a prepará-lo a semana passada”, apontou.

O candidato às eleições diretas do PS considera que o PSD “não tem credibilidade quando promete aumentar pensões, porque contraria aquilo que foi sempre a prática do PSD”.

Na sua opinião, “os portugueses sabem que quando os socialistas dizem que querem aumentar pensões estão a falar a sério”.

“Só temos de continuar a fazer aquilo que sempre fizemos. Não precisamos de contrariar aquela que foi sempre a nossa prática”, reforçou.

Num discurso voltado para fora do partido, Pedro Nuno Santos defendeu que é preciso acabar com “a cultura que desiste de parte do país” e ser capaz de olhar para todo o território para além da “estreita faixa do litoral entre Braga e Setúbal”.

O encontro contou com a presença de Ana Abrunhosa, eleita deputada pelo círculo de Castelo Branco e atual ministra da Coesão Territorial.

Ana Abrunhosa que disse que não votará nas eleições internas do PS, considerou que Pedro Nuno Santos “será um grande primeiro-ministro”, destacando a sua “capacidade de partilhar o poder e a decisão”.

Aos jornalistas, Pedro Nuno Santos assinalou “o forte apoio” da parte dos socialistas e recusou fazer qualquer comentário às declarações de José Luís Carneiro que defendeu que era preciso ouvir o país que estava com a sua candidatura.

“O meu camarada está a fazer a sua campanha e que muito respeito. Estaremos em conjunto a partir do dia 15 de dezembro. O meu adversário é o PSD e Luís Montenegro e é nele que estamos focados”, argumentou.

Além de Pedro Nuno Santos são candidatos às eleições diretas do PS José Luís Carneiro e Daniel Adrião.

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