“Vamos enviar seis tanques Leopard 2 A4”, disse Sánchez, citado pela agência espanhola EFE.

Sánchez disse que a intenção do seu Governo é “aumentar o número de tanques que a Espanha vai entregar à Ucrânia de seis para 10 nas próximas semanas e meses”.

Além de confirmar o envio dos tanques, que foi anunciado na quarta-feira pela ministra da Defesa, Margarita Robles, Sánchez recordou também que a Espanha irá treinar soldados ucranianos na operação destes veículos de guerra.

A Ucrânia há muito que pedia o envio de tanques para fazer frente às forças russas, nomeadamente os Leopard 2 alemães, mas o processo só foi desbloqueado em 25 de janeiro, quando a Alemanha concordou em fornecê-los a Kiev e autorizou outros países que os usam a fazer o mesmo.

Sánchez chegou hoje de manhã a Kiev para um encontro com Zelensky, na véspera do primeiro aniversário do início da guerra contra a Ucrânia, desencadeada com a invasão russa de 24 de fevereiro do ano passado.

Durante a visita, a defesa antiaérea ucraniana derrubou um ‘drone’ de reconhecimento russo quando o aparelho aéreo não tripulado sobrevoava a região de Kiev, ativando os alertas da capital da Ucrânia.

Trata-se da segunda visita de Sánchez a Kiev desde que a Rússia começou a guerra contra a Ucrânia.

O primeiro-ministro espanhol é o terceiro líder internacional a visitar Kiev esta semana, depois do Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e da chefe do Governo de Itália, Giorgia Meloni, na segunda e na terça-feira, respetivamente.

Sánchez prometeu a Zelensky apoiar as aspirações europeias da Ucrânia durante a próxima presidência espanhola do Conselho da União Europeia (UE).

“A Espanha está pronta a apoiar o processo de concretização das legítimas aspirações da Ucrânia a tornar-se membro de pleno direito da UE”, disse Sánchez.

Zelensky respondeu que a Ucrânia conta com o apoio espanhol para “cumprir o seu objetivo estratégico de plena integração no espaço euro-atlântico”.

A Espanha exercerá a presidência rotativa do Conselho da UE no segundo semestre deste ano.

Sánchez salientou também a necessidade de unidade na UE para continuar com as sanções contra a Rússia, enquanto Moscovo não cessar a sua agressão contra a Ucrânia.

“Estamos perante um caso claro de imperialismo”, disse Sánchez sobre a invasão russa da Ucrânia, antes de advertir contra qualquer equidistância entre o agressor e o país atacado.

“Todo o apoio militar que oferecemos é para defender a Ucrânia, não para atacar a Rússia”, declarou o chefe do Governo espanhol, em linha com outros líderes ocidentais que insistiram nos últimos dias que não querem desmembrar ou atacar a Rússia.

Sánchez salientou a importância de a UE continuar a apoiar a Ucrânia financeira e economicamente, e disse que Madrid está a trabalhar com Kiev e a comunidade internacional para assegurar que os crimes que os russos tenham cometido durante a guerra não fiquem impunes.