"Creio que isso já está tudo esclarecido pela Autoridade Nacional de Proteção Civil e pelo Ministério da Justiça", disse o primeiro-ministro, questionado pelos jornalistas sobre uma notícia do Expresso que refere que a lista de 64 mortos do incêndio de Pedrógão Grande exclui vítimas indiretas e que houve pelo menos 65 mortos.
O líder do executivo escusou-se a prestar mais declarações aos jornalistas, que confrontaram António Costa com a notícia do semanário, quando o primeiro-ministro chegava a um evento organizado pela Federação de Coimbra do PS.
Segundo o jornal, a lista de 64 mortos do incêndio de Pedrógão Grande exclui vítimas indiretas. De acordo com o semanário, os critérios para elaborar a lista oficial das vítimas mortais do incêndio "excluem mortes indiretas", designadamente a de uma mulher que foi atropelada quando fugiu das chamas.
O semanário refere que pediu a lista oficial de mortos ao Ministério da Justiça, tendo recebido a indicação de que a identificação das vítimas mortais era "informação emergente da atividade do Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses e da Polícia Judiciária, integrada no inquérito-crime do Departamento de Investigação e Ação Penal da Comarca de Leiria, que se encontra em segredo de justiça".
Em reação à notícia, a Autoridade Nacional de Proteção Civil reiterou hoje que o incêndio do mês passado em Pedrógão Grande fez 64 vítimas mortais, em "consequência direta" do fogo, e que outros eventuais casos não se integram nos critérios "definidos".
Os critérios que foram identificados para apurar as vítimas do incêndio são "mortes por inalação e queimaduras", resultantes do fogo, adiantou à agência Lusa a adjunta nacional de operações Patrícia Gaspar.
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