Questionado pela Lusa, o autarca disse que não é preciso ser-se "radical" e considerou que não é preciso abandonar a cultura do eucalipto.
No entanto, é necessário "encontrar uma forma mais ordenada e sustentável de plantar eucaliptos", defendeu o presidente do município de Castanheira de Pera, sublinhando que o concelho tem "condições bastante propícias para o eucalipto" e que esta árvore tem de ser encarada como "uma riqueza".
"Temos de aproveitar este momento para fazer aquilo que se falou durante anos e anos", sublinhou, colocando a tónica não no tipo de cultura florestal, mas no ordenamento.
"A parte mais difícil agora será a reconstrução e devemos estar todos unidos", vincou, referindo que na quarta-feira o concelho recebe uma equipa multidisciplinar com representantes de várias áreas para reunir e perceber "novas formas para o concelho poder renascer das cinzas".
O incêndio que deflagrou no sábado à tarde em Pedrógão Grande, no distrito de Leiria, provocou pelo menos 64 mortos e mais de 150 feridos, segundo um balanço divulgado hoje.
O fogo começou em Escalos Fundeiros e alastrou depois a Figueiró dos Vinhos e Castanheira de Pera, no distrito de Leiria.
Desde então, as chamas chegaram aos distritos de Castelo Branco, através do concelho da Sertã, e de Coimbra, pela Pampilhosa da Serra.
Este incêndio já consumiu cerca de 26.000 hectares de floresta, de acordo com dados do Sistema Europeu de Informação de Incêndios Florestais.
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