O jovem de 22 anos teve alta hoje do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, sendo agora acompanhado pelo médico de família e pela equipa de saúde mental comunitária, disse à agência Lusa o membro do gabinete de crise da Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC) António Morais.
Fernando Paulo Tomé é um dos quatro bombeiros da Castanheira de Pera que ficaram internados na sequência do incêndio que deflagrou em Pedrógão Grande e que causou, pelo menos, 64 vítimas mortais.
O pai, também bombeiro, "está muito melhor e já está em programa de fisioterapia", frisou.
Segundo António Morais, a jovem bombeira de 24 anos que estava internada no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC) está agora em cuidados continuados, em Leiria, registando-se também uma boa "recuperação".
O bombeiro de 51 anos da Castanheira de Pera, internado no Hospital de São João (Porto), regista uma recuperação mais lenta, à semelhança do ferido que está hospitalizado em Valência, Espanha.
Neste momento, há um total de sete feridos internados em hospitais: quatro feridos internados no CHUC (um com alta a aguardar vaga numa unidade de cuidados continuados em Pedrógão Grande), um no Hospital de São João (Porto), um no de Santa Maria (Lisboa) e outro em Espanha.
Além dos feridos hospitalizados, há ainda quatro em unidades de cuidados continuados, em Leiria, Montijo e Figueiró dos Vinhos, resumiu António Morais.
A expectativa para os doentes que estão em unidades de cuidados continuados é de regresso a casa ainda durante o mês de agosto, explicou.
O comandante dos bombeiros da Castanheira de Pera, José Domingues, recebeu a notícia da alta do jovem Fernando Paulo Tomé de forma "eufórica".
"Temos o pessoal todo preparado para lhe fazer uma receção calorosa", contou à agência Lusa o comandante da corporação local.
O incêndio que deflagrou em Pedrógão Grande no dia 17 de junho, no distrito de Leiria, provocou, pelo menos, 64 mortos e mais de 200 feridos, e só foi dado como extinto uma semana depois.
Mais de dois mil operacionais estiveram envolvidos no combate às chamas, que consumiram 53 mil hectares de floresta, o equivalente a cerca de 75 mil campos de futebol.
O fogo chegou ainda aos distritos de Castelo Branco, através da Sertã, e de Coimbra, pela Pampilhosa da Serra e Penela.
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