O ataque ocorreu por volta das 18h30 locais (14h30 em Lisboa), na terça-feira, e teve como objetivo uma unidade militar no distrito de Bannu, região de Khyber Pakhtunkhwa.

O ataque foi reivindicado pelo grupo Jaish Al-Fursan, ligado aos talibãs paquistaneses, numa declaração em que afirmou ter matado 12 elementos das forças de segurança.

Durante o assalto, os atacantes fizeram explodir dois veículos armadilhados para destruírem o muro exterior da base militar e iniciaram um confronto com as forças de segurança, informou hoje o gabinete de imprensa do Exército.

De acordo com um comunicado militar, dezasseis atacantes foram mortos na sequência da explosão e dos confrontos que se seguiram.

O mesmo documento indica que morreram cinco soldados paquistaneses.

Segundo o Exército, as explosões provocaram o desmoronamento parcial do muro exterior da base, danificando casas e uma mesquita no exterior, provocando a morte de 13 civis e ferindo 32 pessoas.

O Ministério do Interior do Paquistão expressou as condolências às famílias dos mortos acrescentando “que seis terroristas foram mortos no ataque”.

A base militar de Bannu foi alvo de uma tentativa de ataque semelhante em julho do ano passado.

No ataque de 2024 morreram oito soldados paquistaneses e dez atacantes sendo que Exército atribuiu a ação armada a um outro grupo também ligado aos talibãs paquistaneses.

A zona de Khyber Pakhtunkhwa faz fronteira com o Afeganistão juntamente com a província do Baluchistão, que também faz fronteira com o território afegão, uma das zonas mais problemáticas do Paquistão.

Nos últimos anos registou-se um aumento da violência, especialmente desde que os talibãs tomaram o poder no Afeganistão, em agosto de 2021.

De acordo com o último relatório anual do Centro de Investigação e Estudos de Segurança do Paquistão, pelo menos 685 membros das forças de segurança foram mortos em 444 ataques em 2024.