"Três ou quatro homens armados entraram no consulado chinês e quando foram intercetados começaram a disparar sobre a polícia que protegia o complexo", disse à agência Efe o porta-voz da polícia, Mohamed Ishfaq.

A televisão loca emitiu imagens de fumo a sair do complexo consular, que também é residência de diplomatas e outros funcionários chineses.

O Exército de Libertação do Baluchistão (ALB), já reivindicou o ataque, de acordo com a agência France-Presse (AFP).

"Lideramos o ataque e a nossa ação continua", disse ao telefone o porta-voz do movimento separatista, Geand Baloch.

O ALB é um dos grupos que operam no Baluchistão, uma província que é palco de ataques de grupos armados islâmicos, mas também de ataques de rebeldes locais que defendem a autonomia ou até a independência da região.

O Baluchistão é a maior, mas também a mais pobre província do Paquistão, apesar dos vastos depósitos minerais e de gás.

A China, um dos aliados mais próximos do Paquistão, investiu mais de mil milhões de dólares no Corredor Económico China-Paquistão (CPEC).

Muitas infraestruturas, rodovias, centrais elétricas e hospitais devem ser construídos neste contexto, além de um porto em Gwadar, no Baluquistão, que dará acesso direto dos produtos chineses ao mar arábico.

Karachi, a maior cidade do Paquistão, com mais de 15 milhões de habitantes, viveu anos de violência política, sectária ou étnica perpetrada por grupos armados ou criminosos.