O ministro indicou que o executivo peruano está a avaliar se faz apelo da decisão da juíza Celia San Martín, da quinta instância penal de Lima, que considerou que a restrição imposta desde 25 de agosto, violava o direito dos imigrantes venezuelanos a livre trânsito.
Medina, em declarações à emissora RPP Notícias, explicou que a eliminação da exigência de passaporte “cria problemas quanto à identificação das pessoas, porque vêm com dados que não são verdadeiros”.
Recordou o caso do venezuelano Edison Agustín Barrera, apelidado de “Catire”, um presumível membro da organização criminosa “El Tren de Aragua”, detido pela Polícia Nacional do Peru (PNP), em Lima, com outros compatriotas, quando, supostamente, se preparava para assaltar um banco.
“Por isso, a Superintendência Nacional de Migrações começou a pedir o passaporte. O bilhete de identidade venezuelano não oferece garantias suficientes da autenticidade do seu portador”, comentou Medina.
Desde que o Peru encerrou a fronteira para os venezuelanos que não dispunham de passaporte, o fluxo da chegada de imigrantes procedentes daquele país baixou de 3.000 para 1.300 por dia.
O Peru é o segundo país que mais venezuelanos recebeu desde que teve início o êxodo, com 456.000 entradas em apenas ano e meio, logo atrás da Colômbia, que chega a um milhão.
Cerca de 2,3 milhões de venezuelanos saíram do país em consequência da crise, segundo os últimos números da ONU, que alertou para a falta de alimentos e de medicamentos para esta população.
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