Numa altura em que se atravessa uma pandemia e a vacinação parece ser a única solução para que o mundo volte ao normal, não é estranho perceber porque é que há quem esteja interessado em saber como é que se faz uma vacina. Este foi o mote para a primeira sessão do projeto Workshops Pfizer Curious, promovido pela farmacêutica em direto no  direto no Facebook da Pfizer Portugal.

O primeiro workshop decorreu esta terça-feira, pelas 18h30, e contou com os esclarecimentos das especialistas da Pfizer Susana Castro Marques e Joana Guimarães. Os primeiros 15 minutos foram dedicados à explicar como se fazem as vacinas, sendo o restante tempo da sessão reservado às questões de quem não é especialista, mas, ainda assim, tem interesse em perceber como funciona o mundo dos medicamentos

Apenas 1 em cada 10 mil potenciais medicamentos chega à fase final, ou seja: a ser vendido e administrado. E, entre os testes a animais, a realização dos ensaios clínicos, a espera pela luz verde do Infarmed e do Ministério da Saúde, e a produção distribuição do medicamento, todo este processo pode demorar cerca de 10 a 15 anos. Joana Guimarães clarifica, no entanto, porque é que a vacina contra a covid-19 foi produzida "em tempo recorde", sendo que uma das primeiras a ser aprovada na União Europeia no final do ano passado foi, precisamente, a da Pfizer.

A especialista explica que "já havia muito conhecimento sobre o SARS-CoV-2", logo "a investigação não partiu do zero". O facto de toda a comunidade científica unir esforços nesta tarefa e de ter havido "uma grande partilha" de informação também acelerou o processo. Deste modo, os ensaios clínicos puderam ser feitos de forma mais rápida, à medida que se foram obtendo os primeiros resultados. Assim, "as empresas começaram a produzir em larga escala, ainda antes de ter autorização de comercialização".

A cientista da Pfizer deixa a mensagem, contudo, de que "nenhum requisito foi deixado de lado". E refere que espera que a "aprendizagem" com o desenvolvimento da vacina contra a covid-19 tenha feito com que, "no futuro, possamos ter acesso a inovação de forma mais célere e que não tenhamos de esperar 15 ou mais anos para trazer medicamentos inovadores a doentes que necessitam de novos tratamentos".

É neste contexto que a especialista alerta para a importância de confiar na ciência e na qualidade dos medicamentos desenvolvidos. Joana Guimarães compara ainda a toma da vacina ao ato de andar de avião. "Eu tenho um medo terrível de andar de avião", confessa. "Mas, como gosto de conhecer novos sítios, viajar de avião é essencial. E para isso eu tenho de confiar nos pilotos", remata.

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