"Os ativistas reclamam que é possível existir soberania energética, sendo esta produzida 100% através de energia renovável e acessível para todas as famílias até 2025", dá nota o comunicado enviado às redações esta segunda-feira.

"O gás fóssil introduzido em Portugal em 1997 é um dos principais fatores para o aumento do custo de vida, contribuindo também para a crise climática. As empresas fósseis têm atualmente planos para aumentar a exploração de gás fóssil no Brasil, Angola e Moçambique", diz Hugo Paz, um dos porta-vozes da plataforma.

As empresas "assinam contratos para aumentar a importação de gás da Nigéria, Qatar e EUA (e continuando a importar gás da Rússia) que nos amarram ao gás fóssil até 2047.  Ou seja, querem expandir as infraestruturas de gás fóssil em plena crise climática, quando é sabido que o único caminho para a sobrevivência é encerrá-las", reforça o porta-voz.

O mesmo comunicado dá nota que "a construção do gasoduto atravessa a paisagem do Alto Douro Vinhateiro, Património Mundial da UNESCO", obra que a plataforma considera de "uma irresponsabilidade para com as gerações mais jovens e futuras".

No comunicado pode ainda ler-se que "o estado cedeu à REN a tutela de transporte de gás fóssil até 2048. O estado pode e tem o poder para cancelar este contrato. Só parando de utilizar gás "natural" é que Portugal conseguirá cortar 75% das suas emissões até 2030".

Os ativistas comprometem-se a bloquear o funcionamento do terminal de Gás Natural Liquefeito em Sines, com ações de protesto a iniciar na primavera naquela que é "a porta de entrada da maior parte do gás fóssil em Portugal, com a maior e mais disruptiva ação de Desobediência Civil que aconteceu em Portugal".