Um dos detidos é o major Flávio Silvestre de Alencar, que naquele dia ordenou que o batalhão sob seu comando deixasse as imediações do Congresso, um dos três locais atacados por apoiantes do ex-presidente Jair Bolsonaro, com a justificação que teriam de prestar assistência a colegas feridos.

A sua detenção é uma das duas ordens de prisão preventiva que o juiz do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes emitiu hoje, juntamente com outros quatro mandados de captura, todos no Distrito Federal, segundo a imprensa brasileira.

Com as ordens de hoje, a “Operação Lesa Pátria” está na décima segunda fase desde o seu início, em meados de janeiro.

O objetivo agora é identificar os responsáveis, tanto materiais como intelectuais, bem como as autoridades policiais e políticas que foram coniventes com os assaltantes nesse dia. Até à data, foram acusadas mais de mil pessoas relacionadas com estes factos.

Na fase anterior, os alvos dessa operação foram empresários de destaque do agronegócio e pessoas cadastradas como CAC (colecionadores, atiradores e caçadores desportivos), que estão a ser investigados por terem pagado as dezenas de autocarros que se deslocaram até Brasília e os acampamentos que foram montados às portas do quartel-general do Exército.

Os factos sob investigação configuram crimes como abolição violenta do Estado democrático, golpe de Estado, dano qualificado, associação para cometer crimes, incitação à violência, destruição e deterioração de bens protegidos.