Um agente disse, à agência de notícias France-Presse (AFP), que uma das duas pessoas “não tinha obedecido a ordens” policiais, remetendo para as autoridades locais quaisquer pormenores sobre as detenções.
De acordo com um repórter da AFP, os agentes estavam também a retirar outras pessoas do local e a ordenar que apagassem imagens dos telemóveis.
No domingo, várias pessoas protestaram contra a rígida política “zero-covid” da China, em vigor há quase três anos, mas também para exigir mais liberdade política.
Houve confrontos com a polícia e muitas pessoas foram detidas, avançou a AFP, que indicou não ter obtido, até agora, uma resposta da polícia de Xangai sobre o número de detenções efetuadas no domingo.
As ruas foram fechadas no domingo à noite, depois dos protestos, e foram reabertas esta manhã (hora local) com menor presença da polícia, mas com cercas azuis colocadas ao longo dos passeios para evitar mais aglomerações.
No domingo, , em resposta aos apelos feitos nas redes sociais, manifestantes saíram à rua em várias cidades chinesas, além de Xangai, como Pequim, Nanjing e Urumqi, para protestar contra as medidas de prevenção e controlo da covid-19.
Nos protestos, ouviram-se ‘slogans’ antigovernamentais, numa rara demonstração de hostilidade contra o regime e a rigorosa política “zero covid”, aplicada desde o início da pandemia, em 2020.
Ao abrigo daquela política, a China impõe o bloqueio de bairros ou cidades inteiras, a realização constante de testes em massa e o isolamento de todos os casos positivos e respetivos contactos diretos em instalações designadas, muitas vezes em condições degradantes.
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