Pelo décimo sexto fim de semana de mobilização, milhares de manifestantes reuniram-se hoje pacificamente num centro comercial localizado em Shatin, no norte da antiga colónia britânica, onde entoaram cânticos e fizeram origami.
“Apesar de estarmos muito cansados, não podemos abrir mão dos nossos direitos”, explicou Ching, professora, à Agência France-Presse.
“Se o movimento durar 100 dias, 200 dias ou mesmo 1.000 dias e não conseguirmos o que queremos, continuaremos a sair às ruas”, frisou.
A situação começou a agravar-se ao final da tarde, em Hong Kong, quando militantes com máscaras pertencentes a grupos radicais ergueram uma bandeira chinesa arrancada de um edifício governamental, antes de a atirarem num rio.
Os ativistas vandalizaram depois máquinas de bilhetes na estação de metro de Shatin, tendo a polícia de choque encerrado o acesso.
À noite, eclodiram confrontos no exterior do centro comercial, entre algumas dezenas de manifestantes e agentes da polícia, que recorreram a balas de borracha e gás lacrimogéneo para dispersar os manifestantes.
A polícia, que fez várias detenções, também foi chamada depois de a viatura de Patrick Nip, membro do governo de Hong Kong, ter sido cercada por uma multidão enfurecida, noticiaram os media locais South China Morning Post e RTHK.
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