O tiroteio que ocorreu esta terça-feira, 4 de abril, na sede da Youtube em San Bruno, nos Estados Unidos, causou três feridos. A principal suspeita, encontrada morta no local, foi identificada pelas autoridades como Nasim Najafi Aghdam, de 39 anos, residente em San Diego.

Em comunicado, as autoridades adiantam que os primeiros alertas de disparos junto à sede da tecnológica, em Cherry Avenue, chegaram por volta das 12h46 (hora local). A polícia de San Bruno chegou ao local apenas dois minutos depois, tendo entrado imediatamente no edifício para procurar suspeitos.

Vários funcionários estavam a abandonar o perímetro quando as autoridades chegaram. No local, a polícia encontrou uma pessoa com ferimentos de bala, tendo outras duas, com o mesmo tipo de ferimentos, conseguido fugir. Três pessoas ficaram feridas.

Já dentro do edifício, a polícia localizou uma mulher morta, com um tiro que, ao que tudo indica, foi "auto-infligido".

Não foram encontrados mais suspeitos, não sendo ainda claro se a atiradora conhecia as pessoas sobre quem disparou ou quais as suas motivações.

Todavia, escreve a Business Insider, a atiradora teria uma presença online muito ativa, com contas no YouTube, Instagram, e Facebook, onde fazia várias partilhas, sobre dança, fitness e veganismo, tendo-se mostrado muito crítica quanto à plataforma de partilha de vídeos sobre a alegada diminuição de visibilidade e, consequentemente, de receitas de determinados canais, incluindo o seu.

"Não há oportunidades iguais de crescimento no YouTube ou qualquer outra plataforma de partilha de vídeos, o teu canal vai crescer se eles quiserem que ele cresça", escreveu Nasim Najafi Aghdam.

O pai da atiradora, Ismail Aghdam, terá inclusivamente alertado as autoridades para a possibilidade de a filha tentar alguma coisa contra a empresa, uma vez que estava chateada e convencida de que estava a ser discriminada. Segundo a KCAL-9, afiliada da CBS News, e citada pelo Business Insider, o pai terá contactado a polícia de San Diego na segunda-feira dando conta do desaparecimento da filha.

Residente em San Diego, terá conduzido para San Bruno dias antes deste ataque, avançou a estação KRON-4.

No entanto, esta poderá não ter sido a motivação. Fonte da polícia disse à Business Insider que os investigadores suspeitam que o crime possa estar relacionado com um desentendimento doméstico entre a mulher e o seu namorado, que trabalha no YouTube, acrescentando que não se acredita que o caso esteja relacionado com terrorismo internacional.

Estas informações avançadas pelos media norte-americanos não foram, todavia, confirmadas pelas autoridades. A investigação prossegue e o local do crime continua a ser processado. A Google, que é dona da maior plataforma de partilha de vídeos do mundo, o YouTube, referiu, também nas redes sociais, que a empresa está a trabalhar em coordenação com as autoridades.

Entretanto, no final do dia de terça-feira, as redes sociais da suspeita foram fechadas.