A Unidade Local de Investigação Criminal (ULIC) de Évora vai “permitir a cobertura de uma grande extensão territorial” e localizar-se “próxima de importantes eixos viários e encurtar a distância com Espanha”, afirmou o diretor da PJ, Almeida Rodrigues, na cerimónia de inauguração.
O responsável referiu que, com a criação de uma estrutura da PJ em Évora e a sua consequente aproximação a Espanha, vai ser possível fazer “um melhor controlo da criminalidade móvel e transfronteiriça”.
Almeida Rodrigues referiu que “os índices de criminalidade são baixos” na região, indicando que os casos participados cuja competência está a cargo da PJ “não ultrapassam os 300 inquéritos por ano”.
Contudo, mostrou-se convicto de que “esses números são largamente ultrapassados com a instalação da ULIC de Évora”, argumentando que “serão adotadas medidas proactivas que permitirão descortinar outros tipos de criminalidade que, não sendo participados, não chegam às instâncias formais de controlo”.
Também presente na cerimónia, a ministra da Justiça, Francisca Van Dunem, afirmou que a abertura da ULIC de Évora “é um passo singelo, mas pleno de significado”, frisando que “desde há muito” que a PJ apontava para a necessidade da criação desta unidade.
“A instalação da extensão territorial de Évora da PJ foi, inclusivamente, enunciado como sendo um dos objetivos a alcançar por todos os quatro primeiros governos sequentes ao 25 de Abril”, notou.
Na sua intervenção, a ministra destacou o trabalho feito nos últimos dois anos, dando exemplos de várias medidas que foram concretizadas, mas admitiu que é necessário “fazer melhor”, porque os tempos “exigem mais e diferente”.
Dirigida pelo inspetor-chefe Paulo de Carvalho, a ULIC de Évora da PJ vai funcionar nas antigas casas dos magistrados da cidade, que receberam obras de adaptação, com 10 inspetores, três administrativos e dois seguranças.
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