Em comunicado enviado às redações, a Polícia Judiciária (PJ) confirma que, através da Diretoria do Centro, realizou uma operação policial “com vista a desmantelar um grupo que se dedicaria à prática reiterada de crimes violentos”.

“No cumprimento de mandados de detenção emitidos pelo DIAP Regional de Coimbra, deteve dois homens e duas mulheres, todos empresários, pela presumível autoria, entre outros, dos crimes de homicídio, sequestro agravado, roubo, furto qualificado, branqueamento de capitais e associação criminosa”, refere a nota.

Da operação de detenção resultou a apreensão de, entre outros equipamentos destinado à prática dos crimes sob investigação, “dez armas de fogo e munições, oito veículos automóveis, alguns dos quais de alta cilindrada, uma moto de água e duas moto-quatro, valores em numerário e diversos artigos adquiridos com os proventos do crime”.

Segundo a PJ, a investigação apura que o grupo terá vindo a cometer estes crimes desde 2017, “selecionando criteriosamente alvos em toda a zona centro/norte do país, sobretudo residências de comerciantes ou empresários, atuando, se necessário, com grande violência e crueldade”.

Um dos piores exemplos das alegadas práticas do grupo, refere o comunicado, decorreu no final de 2018, quando “foi torturado barbaramente um casal octogenário com a finalidade de os obrigar a entregar a chave de acesso a um cofre, provocando a morte da mulher e graves ferimentos no homem, que chegou a ser regado com combustível e incendiado”.    

Os detidos têm idades compreendidas entre os 26 e os 26 anos, sendo que dois já tinham “antecedentes criminais ligados a roubos, furtos e detenção de armas de fogo proibidas”.

Todos “foram presentes a Tribunal para primeiro interrogatório judicial, tendo aos dois homens sido aplicada a prisão preventiva e, as duas mulheres, ficaram sujeitas a presentações bissemanais, à proibição de se ausentarem do Concelho de residência e ao pagamento de uma caução de 20 mil euros cada uma”.

A PJ indica ainda que esta operação “foi realizada em articulação com o Departamento de Investigação Criminal da Guarda da Polícia Judiciária e com a colaboração operacional e ao nível de partilha de informação com a GNR, nomeadamente com os Comandos Territoriais de Coimbra, Leiria, Santarém, Guarda, Viseu e GIOE - Grupo de Intervenção de Operações Especiais”.