O novo programa de policiamento comunitário do Porto assenta na promoção de segurança nas escolas, centros de dia e lares de idosos, pessoas com deficiência e em situação de sem-abrigo, anunciou hoje o chefe da Divisão Policial Municipal do Porto.

“Foram delineadas quatro áreas estratégicas para a implementação e operacionalização deste projeto: as nossas escolas, os nossos centros de dia e equipamentos residenciais para idosos, a comunidade de pessoas com deficiência e a sinalização, monitorização de cidadãos em situação de sem abrigo na cidade do Porto”, declarou João Cunha.

Durante a cerimónia de apresentação do novo programa de policiamento comunitário, que foi hoje apresentado no Mercado do Bolhão, o agente João Cunha destacou a necessidade de fortalecer as parcerias entre a polícia municipal e os demais equipamentos, instituições do município, bem como estabelecer uma “maior ação da polícia em áreas estratégicas, capacitando os cidadãos com conhecimentos e ferramentas para se tornarem agentes ativos na promoção da segurança”.

O novo plano de policiamento comunitário delineou uma estratégia junto das várias comunidades específicas, criando equipas de trabalho próprias para a composição do serviço de policiamento comunitário.

Para além de ir às escolas falar de temáticas como o ‘bullying’, ‘cyberbullying’, prevenção rodoviária e o contacto com os meios e equipamentos da polícia municipal, numa ação promotora da consciencialização sobre os impactos negativos que a falta de informação pode provocar na vida das crianças e nos jovens, a comunidade escolar mais pequena vai poder ouvir falar de segurança através do conto de histórias com heróis e polícias “para que o primeiro contacto com a figura do polícia se torne algo positivo”, explicou o agente.

A proteção ambiental é outro tema que o plano prevê, com ações e campanhas com a comunidade do ensino secundário e superior da em novembro, acrescentou, referindo que os agentes estarão aliados com os alunos do ensino secundário para ir para as ruas do Porto e sensibilizar o não descarte de pontas de cigarro em espaço Público.

Para prevenir comportamentos de risco na comunidade sénior, o plano prevê idas aos centros de dia para ouvir os “seus medos e anseios, as suas histórias e preocupações” e recolher informações que facilitem na planificação operacional e estratégia policial no terreno, avançou João Cunha.

A quarta área de intervenção é na intervenção de equipas na “sinalização, encaminhamento e monitorização de cidadãos em situação de sem abrigo na cidade do Porto, “facilitando a conexão com os serviços municipais de apoio a esta mesma comunidade”.

“A abordagem pelos nossos polícias é feita com respeito e empatia, reconhecendo a dignidade de cada indivíduo que se encontra nesta situação. A formulação adequada dos nossos agentes e a colaboração com as organizações do município. São essenciais para que esta monitorização seja eficaz e cada vez mais humanizada.

O plano foi apresentado hoje com a presença do presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, e o comandante da Polícia Municipal do Porto, António Leitão da Silva, e tem o objetivo de dar continuidade ao trabalho desenvolvido junto das comunidades escolar, sénior e sem-abrigo.