“Parece que a política da UE tem padrões duplos e faz batota”, declarou o ministro dos Negócios Estrangeiros polaco, Witold Waszczykowski, ao semanário Super Express.
Waszczykowski referia-se à última cimeira de líderes da UE, em Bruxelas, onde a Polónia apresentou o seu voto contra a reeleição de Tusk.
O governo polaco de extrema-direita e eurocético, fez uma campanha dura contra o centrista Donald Tusk, de 59 anos, que foi primeiro-ministro de 2007 a 2014, e esteve no topo da UE desde essa altura.
No entanto, 27 líderes europeus votaram a favor de um novo mandato de dois anos e meio, e apenas a primeira-ministra polaca, Beata Szydlo, votou contra, apresentado como candidato alternativo o eurodeputado Jacek Saryusz-Wolski.
Na entrevista ao jornal, Waszczykowski disse: “Vamos adaptar as políticas e comportamento relacionados com a UE, e teremos de baixar o nosso nível de confiança. Vamos passar a seguir uma política negativa”, que poderá passar por “bloquear” iniciativas europeias.
A Hungria, que inicialmente se tinha aliado à Polónia a favor de um candidato alternativo a Tusk, acabou por votar com a maioria.
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