Por esse motivo, a Câmara liderada por Emílio Torrão reabriu o espaço balnear, que estava encerrado desde sexta-feira, na sequência de “algumas ocorrências de mau estar em inúmeras crianças, jovens e adultos”.
No dia 29 de junho, Emílio Torrão disse que foram reportados dezenas de casos de vómitos e diarreias na região do Baixo Mondego, sendo as causas ainda desconhecidas.
Em declarações à agência Lusa, Emílio Torrão afirmou então que a autarquia alertou as autoridades de saúde para a situação, tendo identificado "mais de 50 casos" de crianças, jovens e de adultos com vómitos e diarreias na quinta e na sexta-feira, a maioria dos quais esteve na chamado Pontão da Ereira, uma zona balnear existente junto ao rio Mondego, interditada nessa altura preventivamente pela Câmara Municipal.
No mesmo dia, contactada pela Lusa, a Administração Regional de Saúde do Centro (ARSC) confirmou que a Unidade de Saúde Pública (USP) do Agrupamento de Centros de Saúde do Baixo Mondego "tem estado a acompanhar a situação" desde a tarde de sexta-feira, após alerta da autarquia de Montemor-o-Velho, mas apenas confirmou os casos de cinco crianças assistidas na urgência do Hospital Distrital da Figueira da Foz "com sintomas de náuseas e dores abdominais".
Na segunda-feira, a ARSC disse ainda desconhecer a razão do surto de gastroenterite aguda numa colónia de férias de Montemor-o-Velho.
“A Unidade de Saúde Pública do Agrupamento de Centros de Saúde do Baixo Mondego iniciou a investigação do surto no dia 29, altura em que teve conhecimento da situação. A informação até agora recolhida permite equacionar várias hipóteses de vias de transmissão da doença (exposição alimentar, a água recreativa, a ingestão de água, agentes químicos, pessoa-a-pessoa), sendo mais plausível a etiologia viral tendo em conta as características clínicas e epidemiológicas até agora conhecidas”, lê-se numa informação enviada à agência Lusa.
A ARSC diz ainda que, “desde essa data, foram observados mais um adulto, uma criança e uma jovem no serviço de atendimento do Centro de Saúde de Montemor-o-Velho e no serviço de urgência do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra”.
Hoje, Emílio Torrão, citado em comunicado da autarquia, diz que “o encerramento preventivo demonstra o cuidado que quer a Junta de Freguesia (que deu o alerta e espoletou o apurar da situação), quer a Câmara Municipal (que, em função das recomendações do delegado de saúde e da ARH determinou a interdição preventiva do espaço) têm na proteção e segurança das pessoas”.
O autarca garante andar atento e vigilante para que “aquele que é o espaço de eleição para ir a banhos no concelho de Montemor-o-Velho seja seguro”.
“Estamos atentos, somos diligentes e atuamos para além das análises que são efetuadas mensalmente e que sempre comprovaram a boa qualidade da água daquele local. A saúde pública é essencial e assumimos esta prioridade preventivamente, em favor da população”, acrescentou.
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