Hoje já estão abertos 36 centros de saúde com horário alargado na região de Lisboa e Vale do Tejo, avançou o ministro da Saúde, Manuel Pizarro, na apresentação do Plano Estratégico do Ministério da Saúde: Resposta Sazonal em Saúde - Inverno 2022-2023 no Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA), em Lisboa.

Na apresentação do plano, que contou com a presença do diretor executivo do SNS, Fernando Araújo, e da diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, a secretária de Estado da Promoção da Saúde, Margarida Tavares disse que o portal do SNS vai ter “informação atualizada diariamente, para que as pessoas possam acorrer aos locais que estão abertos”.

“Queremos que tenham um acesso fácil à informação de que serviços estão abertos, em que horas, e essa informação vai estar disponível, nomeadamente no que diz respeito aos cuidados de saúde primários, com horários alargados ou com atendimentos complementares”, disse Margarida Tavares.

À margem da apresentação do plano, o ministro da Saúde afirmou que “quatro ou cinco” centros de saúde com horário alargado ou atendimento complementar estão abertos também na região Norte, mas a qualquer momento podem ser abertos outros, noutras regiões, conforme a necessidade.

“Neste momento há maior procura na região de Lisboa e Vale do Tejo”, explicou.

“Essa decisão é feita todos os dias a partir da equipa de monitorização e da Sala de Situação que está instalada no Ministério da Saúde, que agrupa 16 entidades do ministério da Saúde”, entre as quais a Direção-Geral de Saúde, a Direção-Executiva do SNS, o Instituto Ricardo Jorge e as cinco Administrações Regionais de Saúde.

Segundo Pedro Moreira, coordenador da equipa de monitorização e intervenção na resposta sazonal em Saúde, do Ministério da Saúde, o portal terá "informação acessível para que o cidadão possa consultar por região de saúde, por concelho, pelo seu centro de saúde, qual é que está aberto e quais são os horários de funcionamento".

“Este portal pretende reunir, agregar, juntar informação que muitas vezes estava dispersa em vários locais para que possa estar atualizada de forma acessível” aos utentes, afirmou.

Relativamente aos serviços de urgência, Margarida Tavares afirmou, na apresentação do plano, que o objetivo é “melhorar o movimento e a fluidez” dentro dos serviços.

Para Margarida Tavares, é fundamental que acorram às urgências hospitalares “aqueles que mais necessitam e só esses, mas também que sejam internados rapidamente”.

Para isso, o plano prevê equipas de coordenação integradas de todas as vagas em cada hospital, o que pode permitir “o internamento mais rápido” do doente que necessita de um internamento no serviço de urgência.

Margarida Tavares destacou também o problema da retenção das ambulâncias à porta da urgência, sobretudo dos doentes que transportam.

Afirmando que é um “problema que preocupa”, Margarida Tavares adiantou que cada serviço de urgência “terá um plano de contingência específico” para evitar esta situação.

“Queremos operacionalizar a Via Verde ACES, ou seja, que cada serviço, cada hospital, tenha uma via verde de referenciação de doentes não urgentes, classificados como verdes e azuis para consultas rápidas marcadas rapidamente em menos de 24 horas no seu centro de saúde”.

Margarida Tavares reforçou a importância de “assegurar níveis elevados de vacinação e de reforço” para a gripe sazonal e para a covid-19.

Salientou também que o uso de máscaras continua a ser importante, sobretudo, em ambientes fechados ou quando a pessoa tem sintomas respiratórios.

“Infelizmente, para a maior parte destas infeções nós ainda não temos terapêutica que seja comprovadamente eficaz, pelo menos no sentido de prevenir de forma significativa o internamento ou a morte, mas já temos algumas terapêuticas que têm lugar e queremos de facto, usá-las alicerçadas na melhor evidência científica”, salientou.

Portanto, concluiu, este plano quer “proteger a saúde de todos, quer diminuir a ocorrência de infeções respiratórias, a necessidade de recurso aos cuidados de saúde, o impacto na produtividade, as hospitalizações e, claro, as mortes”.

(Notícia atualizada às 13h45)

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