Na proposta, a que a Lusa teve hoje acesso, o município salienta que, no plano cultural, a empresa municipal de Cultura e desporto, Ágora, “se viu já forçada a cancelar múltiplos espetáculos artísticos e eventos, estando ainda em causa a realização dos espetáculos artísticos e eventos programados, pelo menos, durante o estado de emergência”.

Esta situação teve “reflexos imediatos para os agentes culturais da cidade, impossibilitados de participar e beneficiar das atividades artísticas que estavam programadas, em muitos casos essenciais para a sua viabilidade económica”.

Considerando estes acontecimentos, a câmara propõe assim o adiantamento excecional de pagamentos até ao limite máximo de 75%, por forma a oferecer “garantias sólidas aos agentes culturais” e “contribuir para que também eles possam resistir e ultrapassar as difíceis circunstâncias atuais”.

Irá igualmente proceder ao reagendamento dos espetáculos e eventos cancelados ou a cancelar, de forma a que, em conjunto, possam ajudar ao “duro trabalho de recuperação da dinâmica da Cidade e da sua (re)projeção nacional e internacional”.

A Lusa questionou a Câmara do Porto e empresa municipal Ágora sobre o número de espetáculos ou eventos adiados ou cancelados face a esta situação de emergência, mas até ao momento não teve resposta.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 905 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram quase 46 mil.

Em Portugal, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, registaram-se 187 mortes, mais 27 do que na véspera (+16,9%), e 8.251 casos de infeções confirmadas, o que representa um aumento de 808 em relação a terça-feira (+10,9%).

Dos infetados, 726 estão internados, 230 dos quais em unidades de cuidados intensivos, e há 43 doentes que já recuperaram.