A Áustria (25,3%) liderava a tabela, seguida por Estónia (22,3%) e Suécia (20,4%) enquanto no outro extremo se situavam Malta (0,5%), Irlanda (1,6%) e Bulgária (2,3%).

No plano hoje adotado para promover a agricultura biológica, o executivo comunitário encoraja os Estados-membros a desenvolverem programas nacionais ‘bio’ como complemento aos planos estratégicos nacionais que terão que ser elaborados no âmbito da Política Agrícola Comum.

Apesar de a UE estar ainda longe dos 25% de área explorada em agricultura biológica em 2030, os números avançados por Bruxelas mostram um aumento de quase 66%, de 8,3 milhões de hectares em 2009 para 13,8 milhões de hectares em 2019.

Mas o ritmo tem de aumentar, dado que, se a tendência de crescimento se mantiver inalterada, a UE só terá 15 a 18% de área dedicada à agricultura biológica em 2030.

“Queremos aumentar a área da agricultura biológica e consequentemente a produção, o que resulta numa baixa dos preços ao consumidor”, considerou, em conferência de imprensa, o comissário europeu para a Agricultura, Janusz Wojciechowski.

No que respeita à sustentabilidade, as práticas agrícolas biológicas têm mais 30% de biodiversidade do que as tradicionais e, pelo uso limitado de inseticidas, são mais benéficas para os insetos polinizadores, como as abelhas.

Os dados relativos ao consumo indicam que as vendas a retalhos de produtos ‘bio’ aumentaram 145%, de 18 mil milhões de euros para 41 mil milhões de euros, entre 2009 e 2019.

O símbolo utilizado na UE para indicar produtos ‘bio’ era, em 2020, reconhecido por 56% dos consumidores, contra 27% em 2017.

“Para atingir o objetivo de 25% de agricultura biológica, é necessário assegurar que a procura impulsione o crescimento do setor, tendo simultaneamente em conta as diferenças significativas entre os setores biológicos de cada Estado-membro”, disse Janusz Wojciechowski na apresentação do plano.