“Vamos manifestar o nosso firme empenho na criação de um mecanismo europeu de resposta a riscos de grande dimensão, que não são só incêndios florestais, mas que podem ser inundações ou epidemias. Para isso é necessário uma resposta à escala europeia”, disse Eduardo Cabrita em declarações à Agência Lusa.
O Ministro da Administração Interna participa, entre segunda e terça-feira, no 6.º Fórum Europeu de Proteção Civil, que se realiza em Bruxelas, evento público organizado pela Comissão Europeia sobre cooperação em matéria de proteção civil.
Segundo Eduardo Cabrita, a principal prioridade da agenda europeia é uma “rápida concretização do novo mecanismo europeu de proteção civil que foi impulsionado e justificado pelos factos que se verificaram em Portugal no ano passado [incêndios de junho em Pedrogão Grande e de outubro na região Centro]”.
De acordo com o ministro, Portugal tem tido uma “participação muito ativa” no diálogo com a Comissão Europeia, acrescentando que irá dar nota da “profunda transformação” que o país está a desenvolver nas estruturas de proteção civil.
“Há empenho na prevenção e na sensibilização que tornou hoje a proteção civil uma prioridade na sociedade portuguesa. Iremos igualmente dar nota da aposta na especialização e profissionalização do sistema”, adiantou o governante.
Criado em 2003, o Fórum reúne, de dois em dois anos, toda a comunidade europeia da área da proteção civil para a partilha de experiências e para a discussão de novas formas de cooperação entre os Estados Membros.
Na sexta edição, o tema central é “A Proteção Civil num Cenário de Alterações do Risco”, o que irá permitir a reflexão sobre o presente e o futuro do Mecanismo Europeu de Proteção Civil.
Em Bruxelas são esperados este ano cerca de 400 representantes das áreas da proteção civil e da gestão de riscos, entre representantes governamentais, do mundo académico, das autoridades de proteção civil, organizações internacionais, institutos europeus, entre outros.
O Ministro da Administração Interna intervém na Sessão Plenária subordinada ao tema “Trabalhar os setores para melhorar a resiliência climática”, que decorre na terça-feira.
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